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domingo, 3 de julho de 2011

A semana dos Hackers.

Hoje deixo as crônicas de lado e parto para um assunto polêmico. Um pouco atrasada para discorrer sobre o assunto, mas só agora possuo um ponto de vista opinativo e analítico para poder expor aqui. Então, vamos lá:

22/06 - Os sites .gov da Presidência, Portal Brasil e Receita Federal saíram do ar após ataques. À tarde, o site da Petrobras foi alvo de ataque. O LulzSec-Brazil assumiu a autoria de ambos.
23/06 - Páginas do Senado e da Presidência foram derrubados. O site do Ministério do Esporte foi desativado após o LulzSec-Brazil se gabar no Twitter de ter roubado dados dali. O Ministério negou o roubo.
24/06 - Na madrugada, o grupo Fail Shell “picha” o site do IBGE e alerta para mais ataques neste mês. O site do Ministério da Cultura ficou instável e a Infraero ficou fora do ar, mas disse que era “manutenção”.
Além da imagem com a bandeira, o grupo subiu ainda uma mensagem de tom nacionalista com ameaças de mais invasões:

“Este mês, o governo vivenciará o maior número de ataques de natureza virtual na sua história feito pelo Fail Shell. Entendam tais ataques como forma de protesto de um grupo nacionalista que deseja fazer do Brasil um país melhor. Tenha orgulho de ser brasileiro, ame o seu país, só assim poderemos crescer e evoluir”. E prosseguem: “Brasil, um país de todos! Não há espaço para grupos sem qualquer ideologia como LulzSec ou Anonymous no Brasil”

Para quem não sabe, o grupo hacker Anonymous juntou forças com o conhecido Lulz Sec para declarar guerra contra todas as corporações, governos e bancos do mundo inteiro. O motivo? Mostrar os segredos e expor qualquer tipo de corrupção que eles estejam praticando.
Em decorrer disso. O conhecido BlogFolha.com Publicou uma nota, afirmando também ter sido alvo de ataques de Hackers, onde diz: 

“Gostaríamos de expressar nosso repúdio aos que se confrontam com democrática ação de divulgar e analisar fatos e verdades numa sociedade de muita informação”

Fatos e verdades? ..Acho que nem preciso comentar isso.
Além dos "ataques”, os grupos ainda  reunem seus “seguidores” para realizar passeatas em cidades brasileiras. O objetivo das marchas, de acordo com o grupo, é “protestar contra nosso governo corrupto e pela liberdade de expressão”.
Posso estar criando uma polêmica agora, mas apesar de ainda parecer um pouco nebuloso pra mim, parece que a nossa geração finalmente despertou para se unir contra o abuso que certas organizações (principalmente as privadas) praticam. Quem sabe não estamos voltando ao espírito revolucionário que atingiu diversos jovens de todo o mundo em meados de 1960? Quando o espírito de luta do povo estava no auge.
Enfim, abro o espaço aqui para quem quiser deixar seu ponto de vista, lembrando sempre que democracia existe aqui. Esse é apenas o meu “olhar” crítico sobre o assunto, e você não tem a obrigação de concordar comigo. :)




quarta-feira, 29 de junho de 2011

Próxima estação: Inverno.

Vocês já devem ter reparado, mas é melhor avisar: Já chegamos na Estação inverno. Pois é, dia 21 de junho começou mais uma vez a estação mais fria.
Sem dúvida, o inverno é uma das estações do ano que mais dividem opiniões. Quem não gosta reclama do frio, das chuvas e do fato de ter que usar muitas roupas ou carregar um guarda-chuva para onde quer que vá. Há quem diga também que a estação dá aquela sensação das pessoas ficarem mais introspectivas, mais interiorizadas, se fecharem mais. Dizem que o inverno é triste e melancólico, ainda mais quando todo esse frio e escuridão são acompanhados de uma garoa fina e gelada.
Mas há os que ressaltam que essa é a melhor época para dormir e relaxar, que o frio deixa tudo mais aconchegante e que, diferentemente do verão, não ficamos encharcados de suor após qualquer caminhadinha ao sol. Que o inverno convida sempre as pessoas a ficarem mais próximas, mais juntinhas. Os amigos se reúnem para um fondue, a família passa mais tempo dentro de casa, lemos mais livros e as noites ficam mais gostosas para se dormir! Ah, e claro... tem ainda a opinião de que as pessoas ficam mais elegantes. O que é inegável.
Eu, particularmente gosto e não gosto do frio. Tudo o que o inverno proporciona é muito bom... mas não durante três meses. A não ser que eu esteja no Canadá, curtindo a neve, mas neve de verdade, aquela de primeiro mundo sabe? (Como o da foto postada abaixo).
Enfim, com tantas divergências, gostando ou não do frio.. o melhor a se fazer é aproveitar todas as coisas que só podemos fazer nessa estação, não é?
E para vocês que definitivamente não gostam do frio, calma ! Logo chega a Primavera, trazendo o colorido das flores, o azul do céu... e um pouco mais de alegria para as pessoas. ;)



domingo, 26 de junho de 2011

Domingo... (?)

Todo domingo parece ser uma luta para extrair algo da cabeça para postar aqui. A menos que aconteça algo bombástico, como foi a morte de Bin Laden, o domingo sempre é responsável por um anestesiamento dos pensamentos.
Tem até explicação lógica, já que estamos mais relaxados, normalmente descansamos, aproveitamos para fazer coisas caseiras, churrasco, almoço em família, papos sobre amenidades com amigos, o futebol na televisão.. (à propósito: 5x0 Corinthians) Enfim, a cabeça se distrai com tanta coisa, o que é ótimo.
Ao mesmo tempo tenho a necessidade de escrever. Não é uma necessidade obrigada por algo externo ou por pressões. É uma necessidade boa, algo que me faz bem e sinto falta quando deixo de postar por algum tempo.
Claro que não é só chegar na frente do computador e sair digitando. Às vezes acontece, principalmente durante a semana onde muita coisa surge e traz uma gama de possibilidades de assunto maior. No domingo parece que dá aquela travada. Você pensa, pensa, pensa e não sai nada.
É no domingão onde eu mais escrevo e apago, onde deixo a caixa de postagem cheia de rascunhos de textos que possivelmente eu vá desenvolver depois, mas que provavelmente ficarão lá esquecidos e nunca continuados.
Gosto de ler esses princípios de texto depois. Eles são como planos que vamos abandonando, deixando de lado e que provavelmente serão modificados ou esquecidos por causa das coisas que vão acontecendo.
Li alguns agora para ver o que estava pensando em escrever há algumas semanas. Tem dois temas que coloquei na minha lista novamente e devo escrever sobre eles. Mas antes...deixa o domingo passar, né? ;)


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Os Números... e o Tempo.

Muitas vezes me sinto naqueles programas de televisão tipo Passa ou Repassa. Parece que toca uma campainha, alguém grita: VALENDO.. e ai disparam o relógio.
Já tentaram me convencer que tudo nesse mundo se resume a números, o que de certa forma me deprimi, porque eu definitivamente os odeio. Mas isso até tem um fundamento e pode até ser verdade, é muita filosofia e cérebro torrado pra chegar a um veredicto. Isso se chegarmos...
Odeio números, como ja disse, mas eles são constantes na nossa vida. Logo cedo a maioria de nós acorda olhando para os terríveis números do despertador. Levantamos e vamos tomar banho e logo estamos ali gastando tantos litros de água, tantos Watts de energia e mais não sei quantos minutos do tempo.
Ao sair de casa também, calcula o tempo que vai demorar até chegar no seu destino, quilômetros e tal. Na faculdade é igual, quanto tempo demora pra fazer tal coisa, quanto você produz. Se for no Trabalho, quanto você ganha também entra na lista.
Olha para o computador e lá estão eles, os números, visíveis e invisíveis, seja no simples teclado ou no tal código binário. Pra comer também, quanto vale, quero o troco, o peso do prato e a quantidade de calorias consumidas.
Em casa novamente mais números: as contas a pagar, o celular que toca, os canais da Tv e o microondas. Se for assistir o futebol tem o placar, camisa dos jogadores, tempo e estatísticas.
O mundo virtual então.. é uma loucura, quantos te seguem e quantos você segue no Twitter, a quantidade de caracteres que se pode usar, os amigos no Facebook, seguidores no blog, visitantes... ufa!
Ok, chego a conclusão de que eles são muito úteis e importantes, mas nesse mundo acelerado me sinto olhando para um grande cronômetro.. onde as regras são ditadas pelos poderosos algarismos. Muitas vezes olhei para os números do relógio com um certo medo, com aquela sensação de que as coisas estavam acontecendo e que eu.. não estava aproveitando. Sentia os números correndo e eu não conseguia acompanhar o ritmo acelerado e fugaz.
Hoje vejo o tempo com outros olhos. Vejo o tempo como um amigo que está para me trazer coisas boas, notícias agradáveis e mais chances de ser feliz. Que o tempo passe, os números mudem, e me traga um alento, sabedoria e claro.. muita Felicidade !


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jornalismo e Café.

Que raios tem a ver o café com o jornalismo?
Bom, a relação que faço é uma compreensão social que o elemento escuro e bebível tem sobre as pessoas. Onde quer que estejamos, seja em uma sala de espera, seja numa visita familiar ou de amigos, (tudo bem vai, de alguns amigos), o café é sempre o agente da cortesia, que mantém a estabilidade do convívio social, amigável. Nisso, as redes sociais perdem, e muito, na falta de afeto, da sociabilidade, pela falta do “cafézinho”.
Não pretendo entrar em questões filosóficas e teóricas sobre essa questão, mas é incrível pensar no assunto.
Aprofundando no título do post, é clássico pensarmos naquela imagem do jornalista, numa casa de café, sentado com as pernas cruzadas, um jornal aberto à sua frente e tomando pequenos goles da bebida, que, à contra-luz, mantém uma contínua fumaça que se esvai no ar. Sim, esse é o estereótipo: o requinte da bebida, as letras seguidas de goles.
Outra relação que o café tem com os jornalistas, é justamente o fato da cafeína atuar como estimulante no Sistema Nervoso Central, por isso um dos principais efeitos do café é uma espécie de revigoramento e diminuição do sono e da fadiga. 
É, caros amigos jornalistas, pelo pouco que sei, a profissão cansa, consome tempo, vira-se noites acordado, te faz esquecer de comer, não tem horário fixo, acaba com relacionamentos, te obriga a fazer 300 coisas ao mesmo tempo como se isso fosse normal. Ufa ! Daí, é questão de vida ou morte diminuir o sono e a fadiga. Para isso, café adentro :)
Antes de você ja desistir dessa profissão, é bom lembrar que nem tudo é assim, nem tudo é negativo. Afinal, não somos um bando de loucos mazoquitas (tá, um pouquinho) que se formam para perder a vida social. Só nós, os jornalistas temos a chance de um dia ter uma conversa com o Rei Roberto Carlos e Pelé (haha), de entrarmos em festas e shows de graça, de assistir sessões de cinema antes de todo mundo, e só nós temos a chance de viajar à Paris para cobrir uma semana de moda alá Anne Hathaway em o "Diabo veste Prada" (Ok, isso é um sonho particular, pula), só nós podemos tirar fotos de momentos espetacularmente belos e tristes. Nós participamos e construímos a história, e enfatizando o ja dito: virando noites acordado, esquecendo-se de comer e assim por diante.
Estamos por toda parte, e vamos continuar por aqui, pois a sociedade precisa de alguém que escreva, filme e fotografe sua história ! 
Ufa, falei demais... 
Enfim, por conta de tudo isso: Café, querido café, precisaremos de você, sempre.
Agora você encontrou a relação entre esses dois elementos, certo?

Um café? Sim... eu aceito. ;)




sexta-feira, 10 de junho de 2011

Essa tal... Liberdade de Expressão !

Ultimamente sinto vontade de voltar a escrever aqui. Na verdade, tenho muitas ideias, e isso me faz querer escrever. Mas sou peguiçosa, chego em casa, penso em escrever algo, mas logo desisto (talvez, assim como a vontade, a inspiração é uma coisa que dá e passa).

Percebi que minha visão de mundo está muito "blog". Eu vejo as coisas e penso em um post. Isso em uma época que eu praticamente não uso mais a ferramenta blog, o que é estranho.
Enfim, de qualquer forma, tentarei estar mais presente.

E hoje eu volto, com um post sobre um assunto recente. Liberdade de Expressão.

Hoje nos aterrorizamos com talibãs, terroristas e ditadores de todos os tons e agradecemos por muitos que lutaram e perderam até a vida por um ideal, não é? ...Até então, nenhuma novidade, mesmo para o jovem de hoje antenado e que estudou o passado recente do nosso País. E o que sempre se viu em pauta em toda a história da humanindade? Creio que a famosa frase  “Liberdade de Expressão”, talvez a falta de.  É...Pode até ser o famoso "Gato Escaldado tendo medo de água fria". Mas a questão é.. que no meu direito de estudante de jornalismo, novata, mas ávida por lutar contra injustiças sociais, talvez até sonhadora e idealizadora demais, não quero ver nossa sociedade novamente em tempos sombrios.
 O Presidente desta República, seja lá quem o povo escolher pelo voto soberano, não pode ter medo do debate sério e livre. Os Fantasmas do Passado não podem se animar com postura soberba de um mandatário no auge da sua popularidade. Vaidade pessoal e sedução pelo poder, jamais constou do cardápio de verdadeiros estadistas.
Pão e Circo, todos gostamos, mas a índole democrática que o povo brasileiro tão bem soube preservar corre perigo nestes arroubos de prepotência e soberba. Como cidadã brasileira aceito até as derrotas políticas, mas tenho calafrios em imaginar qualquer Lei da Mordaça no mais humilde filho desta Pátria. Fantasmas não governam uma nação, mas estão aí para que não nos esqueçamos que quanto mais unânimes, mais humildes devemos ser. 
Brasil, economia forte e emergente, mas com cidadãos livres. Sim...que fique claro: Somos Livres !
E à propósito, foi muito bom saber agora recentemente com a Marcha da Liberdade, reunindo multidões, que há muitos, sem medo de opinar, discordar, refletir. Acho que chegamos muito longe para aceitarmos retrocessos. Formadores de opinião somos nós, o povo. Presidente deve ser tão somente o guardião destes valores. Nunca a estrela principal.
Brasil, um País de todos, inclusive dos que discordam.

Cuidado: às vezes, começam a tirar e você nem percebe.


sexta-feira, 4 de março de 2011

O Outro Brasil que vem aí !

Gilberto Freyre

Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
de outro Brasil que vem aí
mais tropical
mais fraternal
mais brasileiro.
O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
terá as cores das produções e dos trabalhos.
Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
terão as cores das profissões e regiões.
As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
terão as cores variamente tropicais.
Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil
que tenha olhos para ver pelo Brasil,
ouvidos para ouvir pelo Brasil
coragem de morrer pelo Brasil
ânimo de viver pelo Brasil
mãos para agir pelo Brasil
mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis
mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e norte-americanos a serviço do Brasil
mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).
mãos livres
mãos criadoras
mãos fraternais de todas as cores
mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos,
sem Irineus
sem Maurícios de Lacerda.
Sem mãos de jogadores
nem de especuladores nem de mistificadores.
Mãos todas de trabalhadores,
pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
de artistas
de escritores
de operários
de lavradores
de pastores
de mães criando filhos
de pais ensinando meninos
de padres benzendo afilhados
de mestres guiando aprendizes
de irmãos ajudando irmãos mais moços
de lavadeiras lavando
de pedreiros edificando
de doutores curando
de cozinheiras cozinhando
de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.
Mãos brasileiras
brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
tropicais
sindicais
fraternais.
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
desse Brasil que vem aí.

Poema escrito em 1926 e publicado no livro "Poesia Reunida", Editora Pirata - Recife, 1980, que nos foi enviado pelo escritor Antônio Prata, a quem agradecemos.

Conheça a vida e a obra de Gilberto Freyre visitando "Biografias".