Estava vendo o filme 'Antes de Partir', quando me veio à mente a ideia de elaborar uma lista de coisas que gostaria de fazer antes de morrer. Pensei em mil, mas também poderiam ser cem.
Fiquei algum tempo pensando e mesmo deixando de lado a ideia ela começou a voltar de forma recorrente. Mas por que logo tentei deixar de lado a ideia? É que não queria colocar na lista coisas estapafúrdias, que nunca realmente tive vontade de fazer, como pular de paraquedas, subir na mais alta montanha do mundo ou fazer um safári na África. Eu nunca quis fazer essas coisas e provavelmente não faria mesmo se tivesse a oportunidade. Ou então faria apenas por fazer. Eu queria identificar vontades reais, que eu gostaria mesmo de realizar e comecei a ter dificuldade. Sinceramente, eu não estou conseguindo achar. Minha vida é completa? Não, de forma nenhuma. Ela é cheia de vazios e eu fico pensando se eu poderia preencher esses vazios com coisas. Há o vazio de Deus, por exemplo. Tenho tentado preenchê-lo há um longo tempo e quanto mais tento mais me distancio. Ou o vazio de vontade: eu nunca tenho realmente muita vontade de fazer nada, com raríssimas exceções.
Fiquei algum tempo pensando e mesmo deixando de lado a ideia ela começou a voltar de forma recorrente. Mas por que logo tentei deixar de lado a ideia? É que não queria colocar na lista coisas estapafúrdias, que nunca realmente tive vontade de fazer, como pular de paraquedas, subir na mais alta montanha do mundo ou fazer um safári na África. Eu nunca quis fazer essas coisas e provavelmente não faria mesmo se tivesse a oportunidade. Ou então faria apenas por fazer. Eu queria identificar vontades reais, que eu gostaria mesmo de realizar e comecei a ter dificuldade. Sinceramente, eu não estou conseguindo achar. Minha vida é completa? Não, de forma nenhuma. Ela é cheia de vazios e eu fico pensando se eu poderia preencher esses vazios com coisas. Há o vazio de Deus, por exemplo. Tenho tentado preenchê-lo há um longo tempo e quanto mais tento mais me distancio. Ou o vazio de vontade: eu nunca tenho realmente muita vontade de fazer nada, com raríssimas exceções.
As coisas também não me atraem: algumas pessoas são capazes de morrer por um carro, uma casa nova, joias. Outras dão a vida por dinheiro ou poder. E eu vou aceitando o que surge, sem muita querência. Pego o que aparece e acho bom porque este é o meu jeito de ser.
Costumo dizer que sou feliz, mas sei que não é pela felicidade em si, é porque detesto a ideia de um dia ser infeliz. Então não digo que as uvas estão verdes quando não posso alcançá-las, simplesmente deixo pra lá e como outra coisa.
Costumo dizer que sou feliz, mas sei que não é pela felicidade em si, é porque detesto a ideia de um dia ser infeliz. Então não digo que as uvas estão verdes quando não posso alcançá-las, simplesmente deixo pra lá e como outra coisa.
O mesmo acontece com as pessoas. Eu gosto de gente, tenho amigos, conhecidos. O fato é que não sinto necessidade de prendê-las a mim e quando me decepcionam eu simplesmente deixo pra lá. Sinto falta muitas vezes daqueles que passaram por minha vida, mas tenho consciência de que fui eu que os deixei ir, por pura inércia. Sei que este texto está tentando se transformar em um mergulho profundo na minha vida, em um exercício de autoconhecimento. Mas sei também que vou mergulhar no raso porque tenho medo de me afogar. Enfim, por muitas razões vou tentar elaborar a minha lista de forma suave e consciente. Vou começar por coisas simples.
E assim sendo me desculpe quem começou a ler este texto esperando encontrar sugestões para fazer mil coisas diferentes. Mas de cara vou avisando que esta é uma obra aberta, sujeita a modificações e acréscimos. Que irei fazendo enquanto ficar por aqui. Talvez amanhã eu acorde inspirada e comece a preencher esta lista com mil coisas interessantes para fazer antes de morrer. E podem ter certeza de que muita coisa da lista, terá a ver com o Jornalismo, os projetos em mente são inúmeros, caros amigos. :)